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IMPETIGO

O impetigo, ou pioderma/piodermite do filhote, é um problema que ocorre em filhotes caninos muito jovens, antes da puberdade. Um ou vários filhotes dentro de uma ninhada podem ser acometidos e as lesões aparecem muito rapidamente; por essa razão, há pouco histórico formativo em relação a tratamento prévio. O impetigo pode estar associado a ecto/endoparasitismo ou à má nutrição, embora o problema também possa ser idiopático. Do ponto de vista clínico, um filhote infectado apresenta-se com pústulas — que, no caso, podem variar em termos de quantidade (de poucas a muitas). As pústulas costumam estar presentes na pele glabra (ou seja, sem pelos) das regiões abdominal ventral, inguinal e axilar, mas também podem ser encontradas em outras partes do corpo.


De modo geral, as pústulas não estão associadas aos folículos pilosos (como é comum para cães adultos com foliculite bacteriana) e tendem a se romper com facilidade, deixando uma pequena crosta ou, potencialmente, um colarete epidérmico. Pode ser útil que o tutor descreva as pústulas se nenhuma delas estiver presente no momento da apresentação. Os filhotes acometidos não costumam se incomodar com a existência dessas lesões e, em geral, elas não são pruriginosas nem dolorosas. A constatação de prurido seria sugestiva de foliculite atribuída à infecção por bactérias ou dermatófitos. Além de comumente não haver aumento dos linfonodos regionais, os filhotes tipicamente se encontram afebris. Pode haver outros sinais clínicos na presença de parasitas ou deficiências nutricionais.

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Os casos leves (brandos) podem apresentar resolução espontânea, ou seja, desaparecer espontaneamente. Banhar o filhote canino com um xampu à base de clorexidina a 2-4% duas vezes por semana até a remissão costuma ser uma medida adequada; os xampus à base de peróxido de benzoíla também são eficazes, mas tendem a ser muito agressivos (irritantes) para a pele do filhote. Lesões isoladas podem ser tratadas com solução tópica de clorexidina ou pomada duas vezes ao dia. Os casos graves talvez necessitem de antibióticos por via oral para alcançar a remissão; é recomendável a seleção de antibiótico com amplo espectro de ação contra Staphylococcus spp., mas cefalosporinas de primeira ou terceira geração, amoxicilina com clavulanato ou clindamicina são boas escolhas empíricas. É aconselhável evitar o uso dos antibióticos amoxicilina/ampicilina, quinolonas fluoradas e tetraciclina por uma série de razões. Raras vezes, a terapia sistêmica precisa exceder 14 dias, a menos que haja foliculite bacteriana concomitante. 

O prognóstico é muito bom e as recidivas são incomuns. É importante identificar e tratar quaisquer condições subjacentes que possam ter sido fatores predisponentes para o impetigo. O papel desempenhado pela nutrição é fundamental, principalmente o fornecimento de uma dieta completa e balanceada para os filhotes. Além disso, sugere-se o uso de probióticos para ajudar a normalizar a flora intestinal e melhorar as respostas imunológicas, especialmente na presença de endoparasitas. 

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